Estado de trevas

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quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Vale dos amores perdidos

Ouvi vozes distantes e tristes
elas estavam cantando e chorando
foi como estar profundamente acordado
ou profundamente dormindo
era o lugar mais lotado, mas estão todos vazios
parecia que em meio aos seus amores perdidos gritavam o meu nome
comecei a crer que me convidam
comecei a crer que era mais um deles

Foi então que vi um jardim
mas não era um jardim como os outros que eu vi
era nublado e o escuro mesclado a claridade
dava um tom em preto e branco
não haviam mais vozes
então vi árvores
elas eram tão secas
caíram suas ultimas folhas
um vento súbito as empurram para o lago
um lago... é o lugar mais negro

Fechei meus olhos para fugir
me veio a lembrança
as esperanças depositadas um dia
as juras de amor claramente compreendidas na minha mente
tão claramente que pude até sentir outra vez
o calor daqueles lábios tocarem os meus uma vez apaixonados
a força com que aqueles braços me envolviam
e seus dedos se trancavam por trás de mim

Então dentro de mim transbordou uma vontade enorme de chorar
de dormir se estivesse acordado e de morrer se estivesse dormindo
algo revirou em meu estomago, coagulou na garganta
até que o inevitável vômito foi provocado 
sublime em todo caso

Ao abrir novamente os olhos
diante de mim aquele mesmo lago
que engoliu as ultimas folhas daquela árvore seca
engoliram também em movimento espiral
tudo o que a dor de lembrar de um amor me fez jogar fora

Essa é uma viajem talvez
em qual dimensão não sei
ainda sinto dores de lembranças
e agora sou mais um dos que gritam suas canções tristes
se é um aprendizado
o ponto decisivo será decifrar
qual mensagem não sou capaz de captar  apenas pelo meus sentidos humanos.